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 Djeje Mahi e seus mistérios



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Vodum Kposun

Kpɔ̀sú (lê-se Pôssú) significa “Homem Pantera” (kpɔ̀=pantera; sú=homem). Um vodun cultuado nos candomblés de Jeje-Mahi no Brasil, ora como sendo do Panteão do Trovão (Xebioso, Hevioso ou Kaviono), ora como sendo do Panteão da Terra (Sakpatá). Contam as lendas que da união da princesa Álígbònò com uma pantera chamada Gbèkpɔ̀ nasceu Yíègú. Yíègú foi o responsável por formar um exército denominado Kpɔ̀villé (os filhos da pantera) e conquistar o reino de Ajá-Tado. Após suas conquistas Yíègú toma o título de Gáú Kpɔ̀sú (general Kpɔ̀sú) ou simplesmente Kpɔ̀sú. Também está ligado à fundação de Danxomè (Daomé ou Dahomey). Na Casa das Minas há um vodun conhecido como Dadarrô (Dadaxó) que significa “O Rei”, O pai do Daomé, ancestral da família de Davice (família real), que seria para os mahis o mesmo que Kpɔ̀sú. Ainda na visão de alguns pesquisadores, Kpɔ̀sú seria um nome utilizado para substituir o nome de filho bastardo (Agasú) e matador de Aja (Ajahutó) deste grande ancestral. Na visão do Jeje Mahi, Kpɔ̀sú é visto de duas formas: numa é um vodun velho, o mais velho dos voduns da família de Hevioso. É a astúcia, a agilidade, o caçador. Considerado como sendo o pai do vodun Sògbó. É uma das manifestações do próprio deus do raio que vem a terra em forma de pantera no mato. Numa outra visão, Kpɔ̀sú é visto como um vodun da família dos Sakpatás, mas mantendo todas as suas características. Em verdade nenhuma das visões deixam de estar corretas; Kpɔ̀sú é um grande vodun, ligado ao pó da terra e às alturas, a ligação entre a terra (ayi) e o céu (ji), por isso sendo também considerado como aquele que, junto ao vodun Avimajé, carrega a alma dos antepassados. Kpɔ̀sú tem seu fio de contas e suas cores em tonalidades de cores escuras, como o laranja e o preto, o bordô, podendo ser também o colorido. Aqui em minha casa é reverenciado como sendo um vodun da família de Hevioso. Aprecia o quiabo e comidas apimentadas.

Sua saudação é “gbedê kpogbó!” (viva a grande pantera).