Loco, Loko ou Atinmé-vodum ("o vodum dentro da árvore"), representa o primeiro ser sagrado do mundo, primogênito de Mawu e Lissa, embora Sakpata às vezes também receba essa atribuição. Os vodunsis de Loko são chamados de Lokosi. Na África, Loco habita a árvore conhecida pelos iorubás como iroko e pelos africanos de língua portuguesa como amoreira africana (Milicia excelsa). No Brasil, habita a gameleira branca (Ficus doliaria) e no Haiti, o huntin (Ceiba petandra, conhecida no Brasil como sumaúma de várzea). Loko no Haiti Editar Loko Atisou e Ayizan, de Rayman Cayman Adicionada por Ictoon São José, sincretizado com Loko no Haiti Adicionada por Ictoon No Haiti, Papa Loko ou Loko Atisou é tido como marido de Ayizan e pai de todos os houngan (sacerdotes) e mambo (sacerdotisas) do culto vodu e confere o asson, o chocalho sagrado do sacerdócio. Jamais é servido por não-sacerdotes. É considerado muito tradicionalista e seu ritual é dos mais complexos. Pode ser muito duro quando as coisas não são feitas de maneira adequada. É o mestre das cerimônias e sempre tem uma resposta adequada para qualquer questão. É considerado um juiz justo e sempre chamado para decidir as disputas. Não tolera injustiça e é rápido para punir os malfeitores. É também um mestre no uso das ervas medicinais e conhece todas as propriedades mágicas e medicinais, boas e más. Se um caso é particularmente difícil, Loko é chamado por houngans e mambos para prescrever a cura. Costuma-se dizer que Loko é o vento, ou como o vento, o que o torna capaz de ouvir qualquer coisa que deseje. É associado com a borboleta e sincretizado com São José ou com o anjo Gabriel. Sua festa é no dia de Reis, 6 de janeiro, ou em 1º de maio. Suas cores são branco, amarelo e verde-claro.