Gu é o vodum jeje da guerra, da metalurgia, da cirurgia e das escarificações, equivalente ao orixá iorubá Ogum. Aparentemente, o culto de Gu foi introduzido no atual sul do Benin no final do século XVII por ferreiros e cirurgiões iorubás, e se tornou bastante popular, sendo cultuado nos templos e conventos de praticamente todos os demais voduns, além de ter os seus próprios. O emblema principal de Gu é o gubassá, que é uma adaga metálica adornada com desenhos místicos, utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fa, para abrir caminho para o mundo dos espíritos. O gubassá é também conhecido e utilizado no vodu haitiano. Em segundo plano fica o gudaglô, menor que o gubassá e que Gu utiliza para defender seus filhos dos inimigos. Na iconografia fon, Gu é representado portando estes dois sabres, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda.Chamado também de Togum, veio do orum para fazer a ligação com o aiye através do mistério do ferro. Desta forma, pode criar cidades na selva, a evolução com o desenvolvimento da tecnologia do metal Há um estudo científico que diz que a oxidação do ferro no fundo do oceano, gerou bactérias de onde surgiram os primeiros seres no começo da evolução. Não se pode afirmar que tenha sido o ferro o gerador desse fenômeno, mas algum tipo de mineral simbolizado pelos pontos de ferro. Togum/Gum/Gu, é um ToVodum masculino guerreiro que usa um pó vermelho extraído de uma árvore que simboliza a procriação primordial para a sobrevivência e essa é uma das razões dele não gostar que, em seus assentamentos, hajam ahuinhas. É dono de todos os metais, principalmente o ferro e o aço além de todos os objetos cortantes: akiriké, farim, magoge, etc. Por ser um guerreiro muito afoito, Togum não tem fronteiras, entra em qualquer lugar em busca do inimigo e da vitória. Nessas investidas, Togum conta sempre com Legbá, seu companheiro e amigo incansável, que o ajuda nos combates mas que se diverte com a fúria de Togum. Ao mesmo tempo que é gentil, Togum é muito impaciente e quer tudo a tempo e a hora. Tem, em sua natureza, um sentido de competição, de vigor, de expansão e de agressividade, sempre pela sobrevivência. É muito severo com seus filhos no cumprimento de suas obrigações. Quando Togum chega, anda por todo o kwe e se encontrar alguma coisa fora do lugar, fica bravo e chama a atenção, exigindo que tudo esteja corretamente em seus lugares. Algumas vezes, ele mesmo faz tudo, colocando as coisas em ordem Togum toma para si a guarda do kwe onde mora, disputando com Legba a segurança. Em uma ahuan(guerra), Togum mostra toda a sua fúria e poder de luta. Dificilmente um kwe de Jeje perde uma ahuan, pois Togum, com todo o seu humpayme, garantem a vitória. Todos os narrunos são regidos por Togum. Na África, somente os vodunos de Togum podem oficiar o ritual de narruno. No Brasil, apenas algumas casas tradicionais seguem o modelo africano. O número três está intimamente ligado à Togum. É um número fudamental universalmente. Exprime uma ordem intelectual e espiritual, em AvieVodum, no cosmo ou no homem. Sintetiza a triunidade do ser vivo ou resulta da conjunção de um e de dois, produzindo, neste caso, a união do orum e do aiye. A cólera e a irritação de um guerreiro, no seio de uma guerra, manifestam-se através de três rugas que se formam na testa: então, ninguém ousa aproximar-se ou falar. Existem vários Voduns pertencentes a linhagem de Togum. O mais velho deles é o Vodum Guyugu que, como os demais Voduns, participou de várias batalhas, saindo-se sempre vitorioso.
Vodum Abe Huno:
Vodum Abe Gelede:
Vodum Abe Afefe :
Vodum Dane :